Segundo Jean-Michel Jarre, presidente da CISAC, a última terça feira [ 26|3] foi um grande dia para a Europa como também para todos os criadores, não apenas os da Europa, mas de todo o mundo.
Para encurtar foi o dia em que o Parlamento Europeu votou a diretiva de proteção à propriedade intelectual no âmbito do Google e dos “GAFAM” (Google, Amazon, Facebook, Apple e Microsoft) em geral.
Regulação não significa pôr em questão a liberdade de expressão; é justamente o contrário.
O que marca a diferença entre democracia e caos é a definição das regras que assegurem igualdade para todos, e essa é uma questão mais relevante do que nunca na era digital.
O Google está gastando milhões de dólares, enquanto conversamos aqui, usando lobistas profissionais para convencer o Parlamento Europeu de que nós, como criadores, estamos contra a liberdade de expressão e o progresso. Contudo, a melhor forma de destruir a liberdade de expressão é não assegurar aos criadores os meios de viver do seu trabalho.
O Google se define como um mecanismo de busca: para sê-lo, eles precisam de um conteúdo que todos possam encontrar.
Eles se amparam no nosso conteúdo — deveríamos, portanto, ser considerados, num certo sentido, acionistas da companhia, e as futuras gerações de criadores deveriam, de igual maneira, receber sua parte na distribuição dos lucros.
Num telefone inteligente, a parte inteligente somos nós!
Precisamos ajudar a Europa, precisamos ajudar a nós mesmos e as futuras gerações a enviar uma mensagem forte e serena a Bruxelas e a Estrasburgo (sede do Parlamento Europeu).
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Musicalmente
Gustavo Vasconcellos